Enquanto nosso planeta queima e milhões lutam para pagar suas contas de energia, os mega ricos estão ficando mais ricos e pagando menos impostos do que nós. Precisamos urgentemente fazer a transição para energias renováveis e acessível para todas as pessoas, e o financiamento para isso acontecer funciona assim:
Estamos pedindo ao governo do Brasil que apoie a criação de impostos nacionais e globais sobre os mega ricos e o aumento permanente de impostos sobre as corporações poluidoras de combustíveis fósseis. Isso irá gerar bilhões de reais que podem financiar a transição para uma energia renovável e acessível dentro de casa e nos países que são menos responsáveis pela crise climática.
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Aqueles que fazem parte do 1% mais rico do mundo poluem tanto quanto dois terços de toda a população global. [1]
Enquanto muitos de nós lutamos para pagar as contas de energia e enfrentamos invernos em casas frias e úmidas, estamos prestes a ver o surgimento do primeiro trilionário da história. Os ricos continuam a enriquecer, enquanto o poder de compra do restante da população diminui. No Brasil, por exemplo, o 0,01% mais rico tem quase 70% de sua renda isenta de impostos, enquanto uma brasileira que ganha R$4.000 paga a mesma alíquota de Imposto de Renda que alguém que recebe R$4 milhões. [2]
Qual é a solução?
A solução é clara: ao pressionar os governos para aumentar os impostos sobre os super ricos e as grandes corporações de combustíveis fósseis no Brasil e globalmente, podemos redirecionar essa riqueza acumulada para financiar ações climáticas. Isso permitiria a rápida adoção de tecnologias como por exemplo, a eletrificação do transporte público, a melhoria do isolamento térmico das residências e a expansão da energia renovável na escala e velocidade necessárias para frear o aquecimento global. Com isso, os custos diminuiriam e o acesso à energia limpa e acessível se ampliaria, contribuindo para a redução das emissões e assegurando um planeta habitável no futuro.
Um imposto mínimo e justo sobre multimilionários e bilionários poderia contribuir significativamente para transformar promessas em ações climáticas. E não deve parar por aí. Existem tantas questões urgentes que precisam de mais investimento, como a saúde, o transporte público e o apoio às pessoas que vivem na pobreza energética.
Esse imposto está longe de ser radical. O verdadeiro absurdo é continuar permitindo que os mais ricos do planeta, enquanto exploram nossos recursos, paguem menos Imposto de Renda do que a maioria da população. Juntos, podemos assegurar que os custos das ações climáticas sejam assumidos por quem acumula mais riqueza. E que o dinheiro arrecadado seja investido na construção de um mundo melhor, com comunidades fortalecidas, energia renovável acessível para todos e serviços públicos de qualidade, como moradia e saúde.
Fontes:
1: Oxfam, 2023. "Climate inequality: A planet for the 99%."
2: Folha de S. Paulo, 2024. "Brasileiro com renda de R$4.000 tem mesma cobrança de IR de quem ganha R$4 milhões."