É uma alegria profunda estarmos reunidos aqui, neste espaço que é imagem viva da Amazônia: um restaurante que em sua essência representa um pouco do que somos, às margens do rio, envolto pelo abraço da floresta, iluminado pelas cores que pintam nossa região.
E é nesse contexto, que o Instituto Apoema acredita que a cultura é um dos mais belos caminhos de defesa da vida. E hoje, no coração da Virada Cultural Amazônia de Pé, celebramos nossa identidade, nossa arte e nosso território.
A Orquestra Ribeirinha da Amazônia, aqui presente, nos oferece os sons que nascem das águas, da mata e da memória. Cada acorde ecoa como o remo que corta o rio, como o canto dos pássaros ao amanhecer, como a lembrança viva dos povos que habitam e resistem nesse chão molhado de rios e encantado de raízes. A música se mistura ao perfume da comida, ao paladar que vem da terra fértil e das águas generosas, e ao vento que dança entre as árvores — lembrando-nos que a Amazônia é sinfonia de todos os sentidos.
Estar aqui é afirmar que a Amazônia não é apenas um lugar no mapa. A Amazônia é cultura, é gente, é memória, é espiritualidade e futuro. É raiz e é horizonte. É a força que nos sustenta, que nos mantém de pé, mesmo diante das tempestades.
Que esta tarde não seja apenas uma celebração, mas também um compromisso.
Compromisso com a floresta em pé.
Com os povos em pé.
Com a Amazônia viva e eterna.
Que cada nota, cada sabor, cada gesto aqui compartilhado se transforme em resistência, em esperança e em sonho coletivo.